Algo já me dizia que era muito cedo para visitar o Brasil e depois encarar a realidade de Tete.
No Brasil correu tudo bem, revi os familiares, os amigos, apesar de que não dá pra fazer tudo em tão pouco tempo e algumas pessoas acabam ficando chateadas que não demos a atenção desejada. O melhor é que comi feijoada, churrasco e cerveja brasileira.
Antes da viagem de férias, eu ainda estava naquela fase inicial de quem se encontra fora do seu país... fase em que julgamos que tudo é pitoresco (interessante, inusitado, curioso, diferente) ... via uma mulher carregando 50 Kilos de lenha na cabeça e um criança nas costas ... e pensava... "Nossa, que diferente, que interessante este hábito... que pitoresco!!!!". Via o pessoal atravessando a ponte pra ir trabalhar e pensava: "Puxa, que inusitado, atravessar uma ponte todo dia, ver o rio Zambeze, suas ilhotas e o voo dos pássaros".
14 horas de voo no total, somado ao fuso de 5 horas a mais, a clima quente, seco, poerento, o corpo doendo, os sintomas de gripe e uma dor de garganta que não passa devem ser o motivo desta fase pitoresca ter passado e do início da minha nova fase chamada... Tolerância zero.......pois agora ao ver a mesma mulher carregando lenha e criança eu penso: "Cadê o desocupado do marido desta mulher pra ajudá-la com estas coisas?" ou em relação a ponte penso: "Puta m. que saco ficar 45 minutos parada nesta ponte olhando este monte de gente que vai e vem, vai e vem, vai e vem...."
Bom, vamos tocando o barco. Quem sabe quando a dor de garganta passar eu volte a achar tudo pitoresco?
Bom, vamos tocando o barco. Quem sabe quando a dor de garganta passar eu volte a achar tudo pitoresco?