quinta-feira, 9 de setembro de 2010

VOLTAR PRA CASA !!!!???!!!

Quando voltamos para casa? Quando saímos de Tete rumo ao Brasil OU quando saímos do Brasil rumo a Tete? Difícil responder.

Depois de 6 meses apenas em África, passamos 32 dias no Brasil e, desta vez, as sensações foram diferentes. Saímos menos ansiosos do que das últimas vezes (se é que é possível sermos menos ansiosos em viagens internacionais). Os 32 dias passaram rápido, mas a sensação era que já estávamos ali há 40, 50, 60 dias devido, provavelmente, a agitação da cidade.

Londrina estava muito bonita. Parece que o novo prefeito está fazendo um bom trabalho. A cidade está organizada e já é uma grande metrópole, e, para aqueles que têm orgulho de serem ‘pés vermelhos’ como eu, foi muito bom retornar. A família estava bem, uns casando, outros engravidando, outros se formando. Os amigos pareciam felizes e envolvidos em seus trabalhos (só eu estava de férias!!!!). Novamente muitos prometeram dar um jeito de nos visitar no outro lado do Atlântico.

Como diz o cancioneiro popular: “Cada volta é um recomeço”. Por sorte, toda vinda pra Tete eu acabo na janela do avião. Por mais sorte ainda, sempre do lado certo, aquele no qual o Rio Zambezi começa a aparecer; aquele no qual dá pra ver de longe as savanas se transformando em cidade.

Beijos e abraços das vizinhas queridas (que fizeram bolos de boas vindas), os olhares de satisfação da Dona Rosa e Dona Quinedi (que literalmente refletem o medo da gente nunca mais voltar e deixar elas sem trabalho e sem dinheiro), a expressão de felicidade das crianças da cidade me vendo estacionar o carro próximo a padaria (provavelmente pensando: “Ela voltou ... pão e moedinhas estão garantidos”) são mais do que suficiente para que a gente se sinta em casa.

A primeira coisa que descobri ter sentido falta é do português moçambicano. Não consigo imitar, nem mesmo descrever, mas agora já me acostumei com a fala deste povo e passei a gostar do jeito que eles pronunciam as palavras. Preciso fazer uma gravação e guardar para a posteridade. Entretanto, ao tentar usar o celular, lembrei do que não senti saudade aqui ... a ineficiência da telefonia.

Um comentário:

  1. Samanthaaaaaaaaaaa!!! Eu tô ficando chique d++++++++! Nunca postei num blog antes.... Posso fazer uma participação especial um dia com alguma matéria??? Foi um prazer ENORME revê-la. Já sinto saudades das risadas... Fique com Deus, tá? Bjão... Juliana Mantovani

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